Mundo Inclusivo
Estamos vivendo um momento ímpar na história da educação: a inclusão da Língua Brasileira de Sinais, Libras, nos cursos de graduação.
Desde 2005 o Ministério da Educação aprovou um decreto que obriga as Instituições de Ensino Superior a incluírem o ensino da Língua Brasileira de Sinais, Libras, como disciplina obrigatória. No entanto, as universidades estão sofrendo com a dificuldade em incorporar essa disciplina na graduação pela falta de professores.
Felizmente, não fomos acometidos com tal infortúnio. Tivemos a sorte de ter noções da Língua Brasileira de Sinais por meio da experiência da professora Lucila no ensino dessa disciplina, bem como no domínio da linguagem de sinais a partir da convivência com surdos. De acordo com os depoimentos colhidos no Curso Licenciatura em Computação, ninguém saiu incólume ao novo olhar para o "portador de deficiência" auditiva.
É próprio do ser humano classificar como normal/anormal todas as coisas e pessoas. Quando alguém é surdo o preconceito social é latente e visível. São consideradas pessoas anormais, portadoras de alguma deficiência ou incapacitadas. E esse pensamento equivocado vem se reproduzindo ano após ano. A Escola, no entanto, deve ser um elemento transformador. A tecla que precisa ser teclada é a da dignidade humana. E isso passa pelo repeito à desigualdade, ao direito de ser diferente. Esta é uma das interpretações que pode ser dada ao Decreto 5626 de 22 de dezembro de 2005 quando foi assinado pela instância superior de educação.
Poderíamos, ainda, discutir sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais, interrogando seu para quê. ora, que é a língua? Respondamos, portanto, com um pensamento de Oliver Sacks retirado do livro "Vendo Vozes: Uma Viagem pelo Mundo dos Surdos" quando afirma: Sem linguagem não somos seres completos e, por isso, é preciso aceitar a natureza e não ir contra ela. Obrigados a falar, algo que não lhes é natural, os surdos não são expostos suficientemente á linguagem e estão condenados ao isolamento e à incapacidade de formar sua identidade cultural."
O mundo é da inclusão. Os fatos históricos têm demonstrado isso,que "se queremos progredir não devemos repetir a história, mas fazer uma nova história" conforme preconizou Gandhi.
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