terça-feira, 8 de janeiro de 2013

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Papel do Intérprete de LIBRAS na inclusão das pessoas com deficiência.
Atualmente, o tema da inclusão está muito em voga, pois buscamos a concretização de um sonho, de um Brasil inclusivo, onde é possível uma sociedade para todos. Tendo como referência a nova concepção de pessoa com deficiência, pactuada e validada pelos próprios atores sociais, o Intérprete de LIBRAS é uma ferramenta poderosa para a inclusão dessas pessoas, visando à sua inserção na vida produtiva, cultural, educativa, social e política, ou seja, que tenha direito à participação efetiva na vida societária.
O profissional Intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), bem como qualquer outro intérprete, precisa ter o domínio dos sinais e principalmente da língua falada do seu país, no nosso caso, o Português, pois há diversas situações nas quais são necessárias as duas.
A nossa sociedade é feita de ouvintes e para ouvintes, na qual os surdos são minoria, por isso, o intérprete é uma peça fundamental para união dos mundos envolvidos que, pela experiência que tenho de quase 12 anos junto à comunidade surda e, principalmente agora, com a propagação da inclusão, vejo que os mundos envolvidos ultrapassam o dos surdos e ouvintes, mas englobam as pessoas com deficiência de um modo em geral.
Temos visto que na maioria das vezes a comunidade surda não tem o direito de exercer a sua cidadania, sem participar das atividades sociais, educacionais, culturais e políticas do país devido à ausência do intérprete. Para a formação do mesmo faz-se necessário um embasamento teórico e principalmente prática na tradução, Português-LIBRAS, bem como, LIBRAS-Português. As áreas de atuação do intérprete de LIBRAS são variadas, em sua maior parte, em eventos (palestras, congressos, seminários, fóruns, encontros), instituições de ensino, área médica e judiciária, igrejas e atividades do dia-a-dia.
Tem-se falado bastante nos tempos atuais sobre a inclusão, mas o que vemos, na realidade, é uma grande exclusão, pois muitas das instituições ainda negam o acesso do cidadão surdo ao conhecimento, ou seja, negam a contratação do intérprete. Escolas, faculdades, empresas, serviços públicos necessitam urgente da presença desse profissional que, atualmente, vem conquistando o seu espaço.
Alguns itens são muito importantes para a atuação de um intérprete, como por exemplo, ter uma formação específica, ética profissional, fidelidade à interpretação, imparcialidade e discrição em todos os sentidos. Ter o domínio de outras línguas também, como o inglês, espanhol e até mesmo do Braille.

Tipos e graus de surdez

                   


 
                   


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Nossa Mensagem


 Mundo Inclusivo

  Estamos vivendo um momento ímpar na história da educação: a inclusão da Língua Brasileira de Sinais, Libras, nos cursos de graduação. 
  Desde 2005 o Ministério da Educação aprovou um decreto que obriga as Instituições de Ensino Superior a incluírem o ensino da Língua Brasileira de Sinais, Libras, como disciplina obrigatória. No entanto, as universidades estão sofrendo com a dificuldade em incorporar essa disciplina na graduação pela falta de professores.
  Felizmente, não fomos acometidos com tal infortúnio. Tivemos a sorte de ter noções da Língua Brasileira de Sinais por meio da experiência da professora Lucila no ensino dessa disciplina,  bem como no domínio da linguagem de sinais a partir da convivência com surdos. De acordo com os depoimentos colhidos no Curso Licenciatura em Computação, ninguém saiu incólume ao novo olhar para o "portador de deficiência" auditiva.
   É próprio do ser humano classificar como normal/anormal todas as coisas e pessoas. Quando alguém é surdo o preconceito social é latente e visível. São consideradas pessoas anormais, portadoras de alguma deficiência ou incapacitadas. E esse pensamento equivocado vem se reproduzindo ano após ano. A Escola, no entanto, deve ser um elemento transformador. A tecla que precisa ser teclada é a da dignidade humana. E isso passa pelo repeito à desigualdade, ao direito de ser diferente. Esta é uma das interpretações que pode ser dada ao Decreto 5626 de 22 de dezembro de 2005 quando foi assinado pela instância superior de educação.  
     Poderíamos, ainda, discutir sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais, interrogando seu para quê. ora, que é a língua? Respondamos, portanto, com um pensamento de Oliver Sacks retirado do livro "Vendo Vozes: Uma Viagem pelo Mundo dos Surdos" quando afirma: Sem linguagem não somos seres completos e, por isso, é preciso aceitar a natureza e não ir contra ela. Obrigados a falar, algo que não lhes é natural, os surdos não são expostos suficientemente á linguagem e estão condenados ao isolamento e à incapacidade de formar sua identidade cultural."
       O mundo é da inclusão. Os fatos históricos têm demonstrado isso,que "se queremos progredir não devemos repetir a história, mas fazer uma nova história" conforme preconizou Gandhi.